Mais uma vez, o impasse gerado pelas negociações salariais entre trabalhadores e patrões vai prejudicar milhares de usuários do transporte público na região metropolitana da capital.
Em assembleia, realizada na tarde de ontem, motoristas e cobradores decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir da 0h de hoje. A estimativa do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRB) é que cerca de 500 mil passageiros sejam afetados diariamente pela greve na capital e nas cidades de Contagem, Betim, Itaúna e Brumadinho, na região metropolitana, e em Sete Lagoas, na região Central.
Segundo o coordenador financeiro do STTRB, Ronaldo Batista, a categoria reivindica reajuste salarial de 37%, redução da jornada para seis horas diárias, fim da compensação de hora extra, fim dos ônibus sem cobrador e extinção da "dupla pegada" - quando motoristas e cobradores trabalham em dois horários de pico no dia.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana (Sintram) oferecem um aumento de 4,36% (referente à inflação acumulada no ano passado) e manutenção das cláusulas do acordo coletivo vigente. Nenhum membro da diretoria dos dois sindicatos foi localizado ontem, para comentar a decisão de greve.
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